Não Há Longe…de Vila Real a Olhão.
Foi no fim-de-semana de 23, 24 e
25 de abril, que a Fraternidade Nuno Álvares se reuniu uma vez mais para uma
atividade de cariz ambiental no Parque Natural da Ria Formosa no sul de
Portugal em Olhão. Esta ação foi dinamizada pelo Departamento Nacional de
Ambiente e pelos Núcleos de Olhão e Lagoa. O Núcleo Cidade de Vila Real (NCVR)
disse mais uma vez: Presente!
Os cerca de 700 km que separavam
o ponto de partida e o destino foram feitos com grande animação, pois sabíamos
que no final teríamos à nossa espera irmãos escutas de todo o país, com quem
iríamos desfrutar de momentos inesquecíveis. E assim foi!
Algarve, Setúbal, Lisboa,
Covilhã, Braga, todos reunidos em torno de um mesmo ideal: deixar o mundo um
pouco melhor do que o encontramos!
No sábado, dia 23, 1º dia de atividade,
a alvorada às 7 da manhã até pareceu tardia, tanta era a vontade de pegar nas
ferramentas e começar a trabalhar. Após uma apresentação do Parque Natural da
Ria Formosa pela sua responsável técnica, o grupo fez um pequeno passeio guiado
pelas imediações, passando pelo Centro de Recuperação de Animais selvagens
(RIAS) e pelos postos de observação de aves. De seguida, o grupo dividiu-se em
duas equipas: Galinha-sultana e Camaleão, assim nomeadas em homenagem a dois
habitantes característicos desta zona.
A equipa Galinha-sultana ficou
encarregue de fazer a limpeza de uma linha de água, cortar e desenraizar canas
que, devido à sua aglomeração e quantidade, prejudicavam a livre circulação das
águas causando estragos a montante. A equipa Camaleão ficou responsável pela
recuperação de um túnel de voo utilizado para recuperação de aves que, após um
período mais ou menos longo de internamento e confinamento, precisam de se
exercitar e reaprender a voar, antes de serem libertadas.
Estas tarefas duraram o dia todo,
mantendo as equipas todo o ânimo inicial. No da tarde, os rostos animados
faziam duvidar da dureza dos trabalhos… aplicou-se na perfeição o velho ditado:
Quem corre por gosto, não cansa! E
não sabíamos ainda, que seríamos brindados com um momento fabuloso, o da
libertação de uma gaivota de asa escura, que nesse dia recebia alta médica,
após internamento no RIAS. Foi libertada e voou, livre em direção ao sol o que
emocionou todos os presentes, principalmente a Isabel, Presidente do Núcleo de
Montijo, que teve a honra de a libertar.
O dia prosseguiu com um breve
passeio no centro de Olhão, a participação na Eucaristia na Igreja Matriz e
ainda um jantar bastante animado, após o qual voltamos à base e descansamos
para o dia seguinte.
No domingo, dia 24, fomos
brindados com um sol magnífico, que fazia adivinhar um dia fantástico. Era dia
de conhecer a Ria Formosa e à nossa espera tínhamos um barco que nos levou a
conhecer a Ria e as suas características: os viveiros de berbigão e de amêijoa, as barras e as ilhas(Ilha do Farol,
Ilha da Culatra e Ilha de Armona).
Na ilha do Farol, não resistimos à água
límpida e apelativa e fomos a banhos… uma delícia! Na ilha da Culatra almoçamos
uma caldeirada de peixe. Ainda tivemos tempo para dar uma volta pela ilha, que
para além de restaurantes, possui ainda uma igreja, escola e dependência
bancária. De seguida, navegamos para a Ilha de Armona, onde nos esperavam com
muita simpatia mais amigos e familiares de escuteiros. E neste cenário
magnífico, quem resistia a mais um banho? Nós não… e valeu a pena!
Voltamos ao
barco e daqui fomos novamente até Olhão e regressamos à base… Eram horas de
fazer o jantar!
E que jantar… Só de lembrar, deixa até água na boca! Fomos presenteados com amêijoas feitas pela equipa de cozinha, que nos levou ao céu! Para acompanhar, umas ovas de peixe à moda do Algarve.
A noite estava a acabar e, sendo
a última noite em campo, decidiu-se que seria a altura ideal para um momento de
partilha e reflexão. E foi no moinho de maré, que juntos, partilhamos ideias, sentimentos
e emoções, fortalecendo a amizade que nos une….Um momento mágico!
O último dia surgiu também
magnífico, com bastante sol. Foi dia de conhecer um outro Algarve, através de
um percurso pedestre: percurso de natureza pedonal denominado “ 7 Vales
Suspensos” que se estende por 5,7 Km, ligando a Praia da Marinha à Praia de
Vale Centeanes, em Lagoa. Foi um percurso lindíssimo, desfrutamos de uma
paisagem de tirar o fôlego: arribas esculpidas pela água como elemento
dominante na paisagem, praias paradisíacas, fauna e flora diversificadas.
Depois
de 3 horas de caminhada, a alma estava renovada, mas a fome apertava.
Na Casa do Escuteiro de Lagoa, esperava-nos
um opíparo repasto. Foi à sombra das árvores que partilhamos esta última
refeição e fizemos a nossa avaliação, com agradecimentos de todos os
participantes à organização e a todos os que contribuíram para o sucesso desta
atividade.
O balanço que fazemos é
extremamente positivo. Os cerca de 700 km que ainda tínhamos que fazer para
chegar aos nossos lares não eram relevantes, quando saímos de coração cheio e o
sentimento de dever cumprido.
BOA CAÇA
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