Uma atividade
com raízes cada vez mais fortes.
Na sua quinta edição, o “Criar Raízes”, que este ano
realizou-se nos dias 30 e 31 de janeiro, uniu no Alvão cerca de 60 escuteiros
adultos que viajaram de núcleos de todo o país para dar um pouco de si à preservação
do parque natural.
Impulsionado pelo Núcleo Cidade de Vila Real da
Fraternidade Nuno Álvares, o projeto de realizar um campo de voluntariado
ambiental no Parque Natural do Alvão começou com pequenos passos, ao envolver
apenas participantes da região. A confiança na sua pertinência e o apoio
incondicional de várias entidades, como a Direção Nacional da FNA e o Instituto
de Conservação da Natureza e Florestas, permitiu que o Criar Raízes ganhasse
uma dimensão nacional, trazendo para “cá do Marão” fraternos de todo o
território nacional, desde Olhão até Chaves, passando por Lisboa, Setúbal,
Braga, Teixoso, Covilhã e Guimarães.
Sempre empenhada em “oferecer” as melhores condições
aos voluntários, a organização, com o apoio da Junta Regional de Vila Real do
Corpo Nacional de Escutas, transferiu a base da atividade da Escola Ecológica
de Arnal para o Campo Regional de Actividades Escutistas, localizado em Mascoselo-Vila
Cova.
No que diz respeito ao trabalho desenvolvido, esta
quinta edição também pretendeu diversificar as atividades, de forma garantir
não só uma vivência ainda mais intensa do território do Parque mais uma maior
sensibilização ambiental para os diversos aspectos inerentes à conservação da
área protegida.
Assim, além do trabalho iniciado no ano passado, o de
erradicação da planta invasora Hakea
sericea na zona das Fisgas de Ermelo, os participantes ainda puderam dar o
seu contributo no projeto de adensamento da galeria ripícola em alguns troços
do Rio Olo (junto a Lamas D`Olo) através da plantação árvores ribeirinhas.
Segundo o PNAlvão, este ano a área intervencionada pelo corte da Hakea sericea foi mais de 5 hectares e
plantaram-se cerca de 800 árvores entre Amieiros, Freixos, Salgueiros e
Bétulas. Acrescentado ainda que apesar das dificuldades inerentes a estas ações
quer pelo relevo quer pelas condições atmosféricas e ainda por terem sido
realizadas em locais diferentes da Serra, o resultado foi positivo ultrapassando
mesmo as espetativas iniciais.
Outro importante momento de consciencialização para
as questões do ambiente aconteceu já na reta final do Criar Raízes. Com o apoio
do Centro de Recuperação de Animais Selvagens da Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro, procedeu-se à libertação de uma águia-d`asa-redonda (Buteo buteo).
Todas estas ações ambientais foram precedidas de
informação/formação técnica dada pelo Parque Natural do Alvão a todos os
participantes, possibilitando assim que cada um de nós fizesse um trabalho mais
assertivo.
Do programa da atividade destacou-se ainda o passeio
pelo centro de Vila Real que incluiu a visita a alguns locais históricos e de
interesse turístico da cidade, (como a Vila Velha e a Pastelaria Gomes) e a
Eucaristia celebrada na Sé Catedral em conjunto com o Agrupamento 482-Sé do CNE o qual nos acolheu com generosidade e amizade.
No final de mais uma edição do Criar Raízes, não
podemos deixar de agradecer publicamente a todos aqueles que ajudaram a tornar
possível o sucesso desta atividade, nomeadamente: o Regimento de Infantaria 13,
a Câmara Municipal de Mondim de Basto, a UTAD – Universidade de Trás-Os-Montes
e Alto Douro, o Agrupamento 295 de Nossa Senhora da Conceição e a Junta
Regional de Vila Real do Corpo Nacional de Escutas.
A par de todo o trabalho desenvolvido, do objetivo
essencial de deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, é importante
sublinhar outro aspeto fundamental desta atividade: o forte espírito escutista
e a inabalável união que existe entre os participantes. Podemos afirmar,
indiscutivelmente, que, através do Alvão, estamos a estreitar laços, a
alimentar as “raízes” que crescem em nós e que dão mais força a uma frondosa e
cada vez mais ramificada árvore da amizade.
Como vem sendo hábito neste tipo de atividades e
antes de todos partirem para o seu lar, ainda houve tempo para a foto de
família, para a entrega de lembranças e para a “Canção do Adeus” (que é mais um
até já…)
Um bem-haja àqueles que escolheram, de forma completamente
desinteressada, dedicar um pouco do seu tempo ao Alvão, que viajaram muitas
dezenas de quilómetros para se unirem a nós na preservação de um património
natural que é de todos. Um bem-haja a todos que vieram até Vila Real de coração
aberto e sorriso nos lábios e que com a sua atitude, exemplo e vivência do
ideal de B.P, nos deixaram com a certeza de que vale a pena trabalhar para
continuar a “Criar Raízes”.
Movidos Pelo Escutismo, Por Um Mundo Melhor.
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