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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

"Criar Raízes V"

Uma atividade com raízes cada vez mais fortes.
Na sua quinta edição, o “Criar Raízes”, que este ano realizou-se nos dias 30 e 31 de janeiro, uniu no Alvão cerca de 60 escuteiros adultos que viajaram de núcleos de todo o país para dar um pouco de si à preservação do parque natural.
Impulsionado pelo Núcleo Cidade de Vila Real da Fraternidade Nuno Álvares, o projeto de realizar um campo de voluntariado ambiental no Parque Natural do Alvão começou com pequenos passos, ao envolver apenas participantes da região. A confiança na sua pertinência e o apoio incondicional de várias entidades, como a Direção Nacional da FNA e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, permitiu que o Criar Raízes ganhasse uma dimensão nacional, trazendo para “cá do Marão” fraternos de todo o território nacional, desde Olhão até Chaves, passando por Lisboa, Setúbal, Braga, Teixoso, Covilhã e Guimarães.


 


Sempre empenhada em “oferecer” as melhores condições aos voluntários, a organização, com o apoio da Junta Regional de Vila Real do Corpo Nacional de Escutas, transferiu a base da atividade da Escola Ecológica de Arnal para o Campo Regional de Actividades Escutistas, localizado em Mascoselo-Vila Cova.
 



 



No que diz respeito ao trabalho desenvolvido, esta quinta edição também pretendeu diversificar as atividades, de forma garantir não só uma vivência ainda mais intensa do território do Parque mais uma maior sensibilização ambiental para os diversos aspectos inerentes à conservação da área protegida. 
 
Assim, além do trabalho iniciado no ano passado, o de erradicação da planta invasora Hakea sericea na zona das Fisgas de Ermelo, os participantes ainda puderam dar o seu contributo no projeto de adensamento da galeria ripícola em alguns troços do Rio Olo (junto a Lamas D`Olo) através da plantação árvores ribeirinhas. Segundo o PNAlvão, este ano a área intervencionada pelo corte da Hakea sericea foi mais de 5 hectares e plantaram-se cerca de 800 árvores entre Amieiros, Freixos, Salgueiros e Bétulas. Acrescentado ainda que apesar das dificuldades inerentes a estas ações quer pelo relevo quer pelas condições atmosféricas e ainda por terem sido realizadas em locais diferentes da Serra, o resultado foi positivo ultrapassando mesmo as espetativas iniciais.
 

 

 









Outro importante momento de consciencialização para as questões do ambiente aconteceu já na reta final do Criar Raízes. Com o apoio do Centro de Recuperação de Animais Selvagens da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, procedeu-se à libertação de uma águia-d`asa-redonda (Buteo buteo).

 

Todas estas ações ambientais foram precedidas de informação/formação técnica dada pelo Parque Natural do Alvão a todos os participantes, possibilitando assim que cada um de nós fizesse um trabalho mais assertivo.

Do programa da atividade destacou-se ainda o passeio pelo centro de Vila Real que incluiu a visita a alguns locais históricos e de interesse turístico da cidade, (como a Vila Velha e a Pastelaria Gomes) e a Eucaristia celebrada na Sé Catedral em conjunto com o Agrupamento 482-Sé do CNE o qual nos acolheu com generosidade e amizade.


 








No final de mais uma edição do Criar Raízes, não podemos deixar de agradecer publicamente a todos aqueles que ajudaram a tornar possível o sucesso desta atividade, nomeadamente: o Regimento de Infantaria 13, a Câmara Municipal de Mondim de Basto, a UTAD – Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro, o Agrupamento 295 de Nossa Senhora da Conceição e a Junta Regional de Vila Real do Corpo Nacional de Escutas.







A par de todo o trabalho desenvolvido, do objetivo essencial de deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, é importante sublinhar outro aspeto fundamental desta atividade: o forte espírito escutista e a inabalável união que existe entre os participantes. Podemos afirmar, indiscutivelmente, que, através do Alvão, estamos a estreitar laços, a alimentar as “raízes” que crescem em nós e que dão mais força a uma frondosa e cada vez mais ramificada árvore da amizade.
 

 

Como vem sendo hábito neste tipo de atividades e antes de todos partirem para o seu lar, ainda houve tempo para a foto de família, para a entrega de lembranças e para a “Canção do Adeus” (que é mais um até já…)

 
 

Um bem-haja àqueles que escolheram, de forma completamente desinteressada, dedicar um pouco do seu tempo ao Alvão, que viajaram muitas dezenas de quilómetros para se unirem a nós na preservação de um património natural que é de todos. Um bem-haja a todos que vieram até Vila Real de coração aberto e sorriso nos lábios e que com a sua atitude, exemplo e vivência do ideal de B.P, nos deixaram com a certeza de que vale a pena trabalhar para continuar a “Criar Raízes”.









Movidos Pelo Escutismo, Por Um Mundo Melhor.

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