Muitas as vezes
Ao longo dos anos
Dias sem conta
Por lá acampamos
Muitas
as vezes
Na
cabana do Bento
O
calor da lareira
Em
dias de mau tempo
Ao
voltar ao Alvão
Lamas
d’Olo é real
Vão
os novos ficam os velhos
E
a lagoa está sempre igual
E
o rebanho ali perto
Com
o pastor sempre a frente
A
dureza desta vida
Estimula
à nossa gente
E
eis que chega a hora
E
o sonho é brutal
E
uma voz que chama
Activa
em nós o ideal
Ao
voltar ao Alvão
Lamas
d’Olo é real
Vão
os novos ficam os velhos
E
a lagoa está sempre igual
Um
abrigo para os sapos
As
bétulas estão na terra
Isto
só é possível
Porque
amamos a n’serra.